10 fevereiro 2011

            Mais uma vez meu duro coração me enganou.

Me enganou. Mostrando-me um caminho que no começo foi até agradável de se caminhar.
Logo em seguida, voltou a me pertubar com os medos, anseios, e ferimentos que estavam guardados em um lugar que achei profundo demais para voltarem ao presente estado da minha mente.
Chorei. No profundo do meu ser, não me aguentei. A dor parecia ser sem fim. E aquelas eternas lembranças me faziam sentir o que o meu erro proporcionou. Em  cada gesto, a cada singelo olhar.
As vezes olhares dizendo o que perdi. Dor tamanha, que não me deixava discernir o que era tudo aquilo que sentia.



Meus paradigmas não precisavam de remendos, não mais, pois eram só seus e de mais ninguém. Inclusive,  existiram até mesmo aqueles que continuam firmes e fortes e, realmente, é assim que devem permanecer na ilusão, por pura conservação da minha sanidade.
Eu tive que lutar contra a maré dos instintos, que é uma batalha perdida por excelência. Chegou um momento em que o estoque de perdão acabou, a cota de relevância chegou ao fim e paciência voce nem se lembra mais o que significa.
 
Acumulei desafetos a cada escolha. A cada 5 segundos me perdia de algo. E quando percebi, estava eu, sózinha com a minha dor, que me consumia.Sentia-me ainda dona de sentimentos que havia perdido a muito tempo. E assim, depois de muito sofrer, percebi que não precisaria mais de tudo aquilo para ao menos respirar. Me manipulei novamente, para olhar o amanhecer com outros olhos. Porque eu já sabia que eu era capaz de fazer o impossivel se tornar destino com um simples toque de acaso.
           

                                                                                         Sthefany Leão Alencar