29 dezembro 2010

Não sei.

Eu não sei por que ainda penso em você.
Por quê eu sei que não existem possibilidades de estarmos bem.
E eu sei. E mesmo assim deixo que a insônia tome conta das minhas noites.
Eu só quero ser feliz, sem ter medo de sonhar.
Sonhar sem limites e sem você. Pois você cobriu os meus olhos com o seu pessimismo, com sua hipocrisia, e falta de amor próprio.
Não sei como ainda se reconhece, pois de tanto acreditar nos outros, eu já não te vejo do mesmo jeito, com os seus sorrisos falsos.
Só te peço uma coisa. Por favor não se engane mais.
Tire essa mascara. Não precisa fingir pra mim. Eu sei bem mais do que ninguém sobre sua dor.
Eu sei sobre seus medos, e não adianta tentar mostrar pra mim que você está forte.
Você não está. Eu sei e sinto. Você agora é só disfarce.
E isso me criou pena. Pois eu sei que você está desmoronando.
Mas eu não sei por que ainda penso em nós.

                                                                   Autoria: Sthefany Leão Alencar

Navalhas do silêncio.

E dói mais hoje do que ontem.
Ainda há quem diga que não mudamos tão rápido.
Mas eu insisto em dizer que a dor sempre molda as pessoas.
E essas mudanças doem como agulhas enfiadas ao cérebro.
Você tenta, tenta, e não consegue arranca-las de lá.
As dores sempre aumentam, a cada decepção.
E são elas que nos ajudam a crescer.
Ensinam como ninguém, que a vida é dura.
Que as tuas lágrimas não fazem as pessoas te amarem mais.
É claro que existem pessoas que te amam como você é, e mesmo que você mude com o tempo, elas sabem reconhecer os seu porquê, e os seus medos.
E as ilusões são facas de dois gumes. Facas não.
São navalhas sem proteção. Onde você se corta a cada tentativa de fuga.
Mas todas essas dores nos fazem mudar. E elas trazem medo, traumas, pelos imensos ferimentos causados.
 Embora alguns passam por isso sem perceber, ainda me dói muito.
                                                       Autoria: Sthefany Leão Alencar